quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

O Mercado

Meu novo artigo semanal:


Apesar de explícita, a olho nu, a crise da Nova Ordem mundial sob a predominância do capital financeirizado de tipo neoliberal, continua a hegemonia das políticas do Mercado sobre as nações e os povos do planeta.

A decadência das diretivas de um brutal processo que impôs, em escala global, um pensamento desprovido de largos horizontes de perspectivas e causas transformadoras para a humanidade reduziu, de maneira ditatorial, as sociedades a um tipo de consumismo desenfreado.

Um consumismo que se mostra para além da satisfação das necessidades básicas das populações, ou mesmo o acesso aos novos instrumentos que a ciência e a tecnologia põem a serviço do bem estar dos indivíduos quer seja como ferramentas de trabalho ou de lazer, conquistas extremamente positivas ao desenvolvimento social ou individual.

Sem projetos ou causas pluralistas que galvanizem a reflexão a sociedade do século XXI vê-se reduzida a uma incessante procura de objetos mercadorias em permanente transformação, onde uma nova versão de um celular substitui velozmente a anterior, de tal forma que a mercadoria vira referência absoluta e aspiração de modo de vida às grandes multidões pelos quatro cantos da Terra, com óbvias exceções.

Não sem motivo atualmente crescem os transtornos psíquicos coletivos, sem que deles se tenha consciência, em um quadro geral de desertificação das ideias que impulsionam a consciência coletiva e individual dos cidadãos e cidadãs.

A espiritualidade, as causas universais, das nações, são combatidas aberta ou obliquamente, através da grande mídia empresa associada ao Mercado. De tal forma que o sentimento de pertencimento a uma comunidade ou povo é substituído por uma espécie de tribalismo do novo milênio, como uma busca fragmentada de renovadas identidades onde as pessoas buscam ser assimiladas.

A mercadoria passa a ser um deus, o princípio e o fim das coisas enquanto o Mercado financeiro exerce brutal domínio concentrando a renda, promovendo guerras, desigualdades globais, fomentando “diálogo entre mediocridades”.

E por tudo isso, além das guerras de rapina, crises econômicas, sociais estruturais, está em curso uma revolta objetiva contra a Nova Ordem mundial danosa. Mas será na reflexão de outro rumo real e palpável que a humanidade irá superar essa idade média pós moderna.

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