quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O poder e o capital financeiro

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:


O golpe político no País continua o seu curso movido por forças poderosas, globais e nativas, sem previsão de alguma data específica para a sua consecução definitiva, cujo objetivo estratégico é a captura do Estado por forças políticas alinhadas ao capital financeiro globalizado, na tentativa da desconstrução de qualquer projeto estratégico de desenvolvimento factível que assegure a soberania, o desenvolvimento da nação.

A globalização da Nova Ordem mundial exerce, há tempos, intensa hegemonia econômica e política sobre o planeta, com exceção de algumas nações que, atentas às fases da mundialização dos fluxos financeiros, aos processos da construção de instâncias de poderes globalizados, adotaram estratégias de sobrevivência e adequação à nova realidade.

Assim podemos constatar que tudo aquilo que representa obstáculos ao exercício do poder pelo capital financeiro, através de uma espécie de governança mundial, deve ser confrontado não importa se as formas e as relações consagradas sobre Estado e Direito sejam agredidas para se atingir o objetivo pretendido.

Por isso, verifica-se que a própria democracia tem sido uma vítima constante, perdendo dessa forma a sua “autossuficiência” enquanto regime a ser respeitado. Essa fórmula adotada de relativização das liberdades políticas, no sentido abrangente do termo, vem sendo aplicada, com algumas variáveis, tanto no primeiro mundo quanto entre as nações emergentes.

Daí porque institui-se no Brasil um regime autoritário através de elites políticas retrógradas, com o apoio da grande mídia monopolista, que é parte indissociável desse processo golpista, que vai destituindo a presidente Dilma Rousseff, legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos.

No entanto, o objetivo estratégico do capital financeiro é apoderar-se do Estado nação, tornar refém a sociedade, abater qualquer obstáculo prático, ideológico, cultural, que impeça a consecução dos seus interesses.

Assume relevância, como sempre, a efetiva amplitude na tática política, relacionada à análise concreta da realidade concreta.

Tanto como a indeclinável luta de ideias nessa batalha decisiva em defesa da democracia aviltada, do Estado nacional sob ameaças, e a constituição de um projeto de desenvolvimento estratégico que indique rumos ao País.

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