sexta-feira, 22 de julho de 2016

Segunda Guerra Fria

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:


Há convulsões de todas as formas acontecendo no mundo. Desde as permanentes ameaças e consecuções do terrorismo fundamentalista no continente europeu, nos Estados Unidos, associadas às sistemáticas agressões aos direitos trabalhistas, que revelam explosivo caldo de cultura nas sociedades.

Os fatos indicam que estamos atingindo uma nova etapa, para além dos conflitos regionais que sacudiram fortemente várias regiões do planeta, mais especificamente a partir do início do século XXI, notadamente na Ásia e continente africano, fomentados por interesses geopolíticos dos EUA e do capital financeiro global.

O golpe “suave” perpetrado contra o regime democrático e a presidente Dilma Rousseff em nosso País, o processo contínuo de desestabilização contra a soberania da Venezuela, a ascensão ao poder do presidente Macri na Argentina, depois de intensa campanha de difamação dos governos progressitas anteriores, são parte desse movimento.

Assim como a escalada de ataques políticos midiáticos contra os governos da Bolívia e Equador, mostram claramente que a América Latina entrou definitivamente no alvo de subversões perpetradas pela sanha imperial norte-americana e do capital rentista.

O cerco à Rússia no teatro geopolítico global indica igualmente a existência de uma perigosa escalada militar que pode se intensificar, aumentando as possibilidades de situações imprevisíveis do ponto de vista de um confronto bélico em larga escala.

Acertou o historiador Moniz Bandeira ao concluir sobre a existência de uma Segunda Guerra Fria nos tempos atuais, cujos alvos centrais são os BRICS mas que se estendem para outras nações como Portugal, cuja população teve a “ousadia” de eleger um governo progressista e se mostra irredenta com as exigências brutais da banca financeira.

Não tem sido casual o ressurgimento do nazifascismo, com suas nuances, por todos os lados. Como em nosso País, onde ser de extrema direita virou moda em setores das elites, extratos médios, coisa considerada abominável algum tempo atrás.

O golpe contra a presidente Dilma Rousseff foi urdido com um largo tempo de preparação, e sofisticado, onde a grande mídia joga papel ideológico e de desinformação. Assim, é justo considerar que no Brasil a luta democrática e social, pela soberania nacional, será tenaz e prolongada.

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