Qualquer pesquisa superficial, não precisa ser intensiva ou
qualitativa, revela que os grandes meios de comunicação oligárquicos vêm
batendo sistematicamente na tecla que o Estado brasileiro é um mastodonte jurássico,
portanto inútil, incompatível com as necessidades básicas do desenvolvimento do
País.
Trocando em miúdos essa é a mesma tese propagada desde
meados da década de 1970 pela senhora Margaret Thatcher, a Dama de Ferro, ex-primeira-ministra
da Grã-Bretanha, juntamente com o ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan, que
deram o tiro de largada para a avassaladora onda conservadora neoliberal que se
espalhou pelo planeta.
O neoliberalismo visto em seu conjunto é bem mais que uma
iniciativa econômica reacionária, estende-se como doutrina pelos mais diversos
campos das relações humanas e sociais.
Ele tem determinado o padrão geral de comportamento
societário ideológico dos povos salvo as raras nações que por condições
objetivas e subjetivas tiveram a possibilidade de encontrar, por vias próprias
de resistência, a superação com êxito desse cataclismo através de caminhos ao desenvolvimento.
A trágica crise capitalista desde 2008 é tão profunda e
abrangente quanto a grande debacle de 1929 do século passado, só que agora em
um mundo globalizado onde a hegemonia ideológica midiática tem provocado “mutações
antropológicas, eclosões descontroladas de emoções sociais negativas”
articuladas pelas ambições do Mercado global, da hegemonia imperialista.
Não por acaso só o Departamento de Defesa dos EUA emprega 3
milhões e 200 mil funcionários, 1% da população norte-americana, contrata universidades,
complexos industriais, alicia agências noticiosas, mídias, como afirma a
jornalista inglesa Frances Saunders em seu livro “Quem pagou a conta? A Cia na
guerra fria da cultura”. Com objetivo de manter a hegemonia militar e de Inteligência,
diz Mauro Santayana.
Quanto mais forte o Estado em funções econômicas
estratégicas, Defesa Nacional etc., maiores chances de lutar por um lugar ao sol
na geopolítica global.
Nenhum comentário:
Postar um comentário