O anúncio do governo Dilma de investimentos na ordem de
198,4 bilhões de reais em infraestrutura nos setores de portos, aeroportos,
rodovias, hidrovias, ferrovias é positivo.
Trata-se de iniciativa eficaz, introduz uma agenda efetiva em
contraponto ao bombardeio midiático oligárquico onde circula de tudo: golpismo
sem pudor, rumores, contrarrumores mas acima de tudo uma campanha implacável
contra os interesses da nação, provenientes de forças alinhadas à ortodoxia
liberal ombreadas com a Teoria da Dependência econômica, política.
A decisão de investimentos na infraestrutura, em situação
econômica mundial adversa, deve contribuir para impulsionar a indústria
nacional, a geração de emprego, renda. É orientação propositiva diferente do viés
liberal no qual a lógica da economia regula-se por conta própria sem o papel do
Estado.
O discurso neoliberal que fez-se totalitário nas últimas décadas
tem sido pródigo em vociferar através de poderosos meios de comunicação
onipotentes, que dominam as mídias escrita, televisiva, digital, a tese
capitulacionista que aponta o Estado nacional como culpado pelos males
econômicos, sociais, políticos do Brasil.
Mais que isso, o Estado seria na essência fator maligno congênito
de corrupção, propaga a recorrente campanha ideológica de âmbito mundial para
tentar desarticular o papel estratégico das economias emergentes, especialmente
dos BRICS.
Assim, tal campanha que representa os interesses do
liberalismo econômico sectário, alinhado ao Mercado financeiro, sempre tem como
objetivo central a apropriação do Estado como fonte decisiva para empalmar as
finanças nacionais, reorientar o caráter das empresas estatais privatizando-as.
Tanto como debilitar qualquer projeto de desenvolvimento
independente que enseje o protagonismo do Brasil na geopolítica global de forma
solidária.
A ótica do capital rentista tem sido: impedir o crescimento
através do círculo vicioso de uma agenda macroeconômica recessiva presa às
exigências do jogo especulativo, refratária ao desenvolvimento econômico, desregular
conquistas trabalhistas do povo brasileiro.
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