quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Diego Rivera: a arte é para o povo

No Vermelho:


Diego Rivera, um dos maiores artistas plásticos mexicanos, especializado na prática do muralismo, faria 125 anos nesta quinta, 08/12, se estivesse vivo. Ele nasceu em 8 de dezembro de 1886, na cidade de Guanajuato, no México. Foi casado com a também artista plástica Frida Khalo.

Rivera estudou na Academia de Bellas Artes de San Carlos, na Cidade do México. Em seguida, transferiu-se para a Europa, onde ficou entre 1907 e 1921. Nesse período, entrou em contato com artistas como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Juan Miró e o arquiteto Antonio Gaudí, o que foi determinante para definir o rumo de sua arte.

Ao lado de outros artistas, Rivera foi um dos criadores do movimento muralista mexicano, que propunha o resgate e o registro da história do país no período pré-colombiano. A pintura era feita sobre um muro, em sua face exterior, ou em um painel exposto constantemente. O mural possibilitou uma arte pública e coletiva, que rompia com o individualismo da pintura de cavalete.

Rivera considerava a pintura de telas, por exemplo, arte da burguesia, já que muitas vezes ficam restritas a coleções particulares. O pintor produziu, assim, uma obra que tem as proporções de um monumento, não só na sua forma, mas principalmente no seu teor.

No total, ele produziu mais de 2 mil quadros, 5 mil desenhos e cerca de 4 mil metros quadrados de pintura mural. Contestador e crítico, sua arte sempre foi carregada de ideais. Contavam o cotidiano da vida no México, apresentando aspectos históricos, políticos e sociais do povo mexicano.
 
A militância política de Rivera era outro aspecto importante de sua vida. Comunista, sua ideologia transparece com clareza entre os temas de sua obra. Sua produção cultural transmite uma interpretação da história mexicana marcada pela denúncia dos ricos e poderosos, com fortes imagens de índios oprimidos e explorados pelo violento colonizador apoiado na Igreja Católica. O artista era ateu e chegou a pintar obras com frases do tipo "Deus não existe", entre outras que causavam polêmica na sociedade da época.

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