domingo, 20 de novembro de 2011

Renato Rabelo em Ato Político em Alagoas

Matéria publicada no Vermelho:


O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, falou para os alagoanos na manhã deste sábado, 19/11, em Ato Político realizado no auditório da sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Alagoas, OAB-AL, no Centro de Maceió.

Renato Rabelo foi recebido no Ato Político realizado na capital alagoana por um auditório lotado por cerca de trezentas pessoas, com a presença de destacadas lideranças políticas do Estado que compuseram a mesa: o senador Renan Calheiros (PMDB), o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), o presidente estadual do PCdoB em Alagoas, Eduardo Bomfim, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Maceió, Galba Novaes (PRB), os reitores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Ana Dayse Dórea, e da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), Jairo Campos, o ex-vice-governador José Wanderley Neto (PMDB), o deputado federal Joaquim Beltrão (PMDB), o deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT), o membro do Conselho Federal da OAB, advogado Marcelo Brabo, o economista e professor da UFAL, Cícero Péricles e o ex-deputado estadual, Paulão (PT), além do próprio presidente nacional do PCdoB.

Estiveram presentes ainda no Ato Político o prefeito do município de Satuba, Cícero Titor (PCdoB), os vereadores de Maceió, Marcelo Malta (PCdoB), Théo Fortes (PTdoB) e Ricardo Barbosa (PT), o vereador de Delmiro Gouveia, Edvaldo Nascimento (PCdoB), o presidente estadual da CTB, Gerivaldo Pontes, além de dirigentes estaduais e municipais do PCdoB-AL, militantes, filiados, pré-candidatos às próximas eleições de 2012 pelo PCdoB, amigos, apoiadores, expressivas lideranças sindicais e da juventude, membros da sociedade alagoana.


Dando início ao Ato Político, o presidente estadual do PCdoB, Eduardo Bomfim, saudou as lideranças políticas à mesa, a quem qualificou de amigos e aliados no projeto para o País e na luta por fazer chegar a Alagoas os frutos das conquistas que vem sendo obtidas por essa frente de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff e dos anteriores governos de Lula, destacando a importância da presença do presidente Renato Rabelo para falar a respeito da conjuntura internacional e nacional e do projeto político do PCdoB, e para o lançamento da publicação Alagoas, os grandes desafios - documentos do PCdoB-AL 2011. Bomfim enfatizou ainda que o Partido está se preparando para a batalha eleitoral de 2012, para conseguir, junto com os aliados, alcançar a vitória dessas forças eleitorais em todo o estado de Alagoas.

Em seguida, falando em nome de todos à mesa, o ex-governador Ronaldo Lessa lembrou o fato de que esse mesmo auditório já havia sido palco de muitas batalhas, salientando que para estarem todos reunidos hoje para discutir o país que queremos, foi preciso lutar para redemocratizar o País, quando muitas dessas lideranças já estavam juntas. Ronaldo Lessa foi enfático na defesa das forças políticas e dos partidos componentes da base de apoio ao governo de Dilma Rousseff, destacando a necessidade de enfrentamento do jogo das forças de direita, que buscam atingir seu governo atacando um a um os seus ministros.


A reitora da UFAL, Ana Dayse, fez questão de se pronunciar para falar da boa experiência da participação do PCdoB na gestão da Universidade, destacando a qualidade de sua militância. A reitora falou da importância dos governos de Lula e agora de Dilma e de seu papel na diminuição da miséria e na ampliação e interiorização das universidades federais.

Renato Rabelo iniciou seu pronunciamento dizendo que este Ato tem um valor simbólico muito importante, com a presença na mesa de tantos aliados do PCdoB, destacando que o Partido preza muito os aliados, afirmando que sem alianças não vamos levar adiante grandes empreendimentos, para conseguir êxitos e dar passos adiante para a transformação do Brasil numa grande nação.

Falou a respeito da crise estrutural do capitalismo e das novas potências que surgem da chamada periferia do sistema. Afirmou que o Brasil vai ocupando um papel crescente no cenário mundial, além de China, Rússia, Índia e África do Sul, os chamados BRICS, países que se encontram em ascenso.

Afirmou que o mundo vive uma transição e que com a crise a transição se acentua com mais velocidade, porque ela se encontra no centro do sistema. Destacou o declínio dos Estados Unidos, acrescentando que levará mais tempo para os EUA e a Europa saírem da crise enquanto os BRICS de forma mais rápida estão em ascenso.

Salientou que o Brasil tem um potencial maior do que os outros países dos BRICS devido às suas riquezas minerais, terras agriculturáveis, com perspectivas de vir a ser o celeiro do mundo, um imenso potencial energético, além de ser um País uno, com uma só língua.

Renato Rabelo afirmou que é preciso uma reflexão. Disse ser muito significativo o Brasil ter eleito um operário para presidir o País, no que foram dois governos exitosos, não só internamente mas o País atingiu um outro patamar no cenário internacional e que o prestígio hoje do Brasil no mundo é muito maior. Destacou que a partir da vitória de Lula vivemos um novo ciclo político, com crescimento e distribuição de renda. Salientou ainda a integração com os países vizinhos e sua importância nesse projeto de desenvolvimento com soberania, crescimento econômico e justiça social.

E acrescentou que há possibilidade de prosseguir. Afirmou que a opinião do PCdoB é que devemos ir bem mais longe, ampliando o investimento que não tem passado dos 19% do PIB, citando a China em comparação, com investimentos de 45% do PIB. Afirmou ser necessário chegar a pelo menos 25% para alcançarmos o desenvolvimento em taxas de 5 a 6%, e o Brasil chegar rapidamente a ser o quarto país mais desenvolvido, destacando que isso se refletirá no bem estar do povo, a conquista da possibilidade da distribuição.

Afirmou que com a presidente Dilma houve a possibilidade de redirecionar a política macroeconômica. Que os juros ainda são os mais altos do mundo mas que vêm baixando de forma paulatina. Disse que o PCdoB defende que haja um grande acordo entre os que produzem para se atingir o objetivo da presidente de redução dos juros à média dos países em desenvolvimento.

Salientou ainda que vivemos no Brasil o monopólio da midia, de grupos que detêm a comunicação e que podem falar para milhões enquanto nós só falamos para milhares. Podem falar o que querem porque uma punição judicial só viria muito mais tarde. Disse que a mídia passou a ser um tribunal que acusa, condena e executa, em que o acusado é que tem de provar que é inocente, ao contrário do sistema legal. Renato Rabelo afirmou que para o avanço democrático temos de enfrentar isso, que é preciso um acordo democrático para democratizar a mídia.



Renato Rabelo afirmou que o PCdoB recentemente sofreu um ataque que já vinha sendo preparado para, através do Ministério do Esporte e da Agência Nacional do Petróleo, buscar atingir o Partido. Disse tratar-se de uma farsa grotesca.

Afirmou que o Ministério do Esporte não existia e que a pasta alcançou uma dimensão muito grande. Destacou os diversos programas implementados pelo Ministério nesses anos, tanto no aspecto social, beneficiando milhões de crianças e jovens, quanto no que diz respeito aos investimentos nos esportes de rendimento, salientando o desempenho do Brasil no último Para-panamericano, no México, em que o Brasil conseguiu superar potências como os Estados Unidos. E que além disso, o País conquistou a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, acrescentando que é por isso que hoje o Ministério do Esporte passou a ser tão cobiçado.

Disse que na posse do novo ministro Aldo Rebelo, alagoano, o ministro Orlando Silva foi aplaudido de pé e destacou as afirmações feitas pela presidente Dilma naquela ocasião, em que ela se referiu ao excepcional trabalho de Orlando Silva à frente do Ministério, a Aldo Rebelo como experiente, qualificado, líder reconhecido, homem de Estado, e que considera fundamental a presença do PCdoB em seu governo. Renato Rabelo afirmou que o Partido e Orlando Silva já tomaram as medidas legais para que fique provado a ausência de fundamento nas acusações feitas.

Concluiu afirmando que o PCdoB completará 90 anos no próximo ano e que em sua história já enfrentou coisas desse tipo, provocadores, ditaduras, obscurantismo, e que o Partido não se intimida. Destacou que o PCdoB se mostrou unido e se açulado estará mais unido.


Após o pronunciamento de Renato Rabelo, o presidente estadual do PCdoB, Eduardo Bomfim, fez o lançamento da publicação distribuída a todos os presentes, Alagoas, os grandes desafios - documentos do PCdoB-AL 2011, em que estão reunidos documentos aprovados pelo Partido no Estado em sua última Conferência e no qual apresenta às forças políticas aliadas, para elaboração conjunta, as linhas iniciais para um Novo Projeto de Desenvolvimento para Alagoas.

Como encerramento do Ato o ator Chico de Assis declamou os poemas O Povo de Eça de Queiroz e Serra da Barriga de Jorge de Lima, encantando os presentes com sua expressividade.

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