sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Rupturas e mediocridades


Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho e na Tribuna do Sertão:

Em meio às festas de fim de ano deste 2010 que para grande parte do mundo não estão sendo assim tão alvissareiras, as notícias sobre o nosso País são em geral boas, principalmente nas áreas econômica e de inclusão social.

Continuamos crescendo a ritmo surpreendente em meio a uma grave crise financeira internacional que assola as nações mais ricas do mundo como os Estados Unidos e toda a Europa, o que significa dizer que as coisas ficaram de cabeça para baixo no que tange à regra geral.

O que é um fenômeno muito raro na História, esse atual impulso das economias dos principais emergentes em combinação com a agonia, mesmo que temporária, das grandes potências do mundo.

Avançam em meio à tempestade geral, Brasil, Índia, Rússia, e estão incluindo agora a Indonésia, sem falar na China, porque ela permanece em forte ascensão desde meados da década de setenta do século passado.

Há uma permanente revolução tecnológica, principalmente na área da comunicação e dos novos instrumentos da cibernética. A Internet transforma-se cada vez mais em um espaço imponderável de novas descobertas para uso e manejo.

Alguém me falou que o secretário da defesa norte-americano sentenciou que os EUA tem quatro prioridades em matéria de segurança: no mar, na terra, no ar e acrescenta nesses últimos tempos, como estratégico, no espaço cibernético.

Ninguém razoavelmente bem informado duvida desse recente elemento como imprescindível ao futuro dos Estados Unidos e das suas ambições hegemônicas no mundo.

Na verdade esse tal espaço cibernético passa a ser vital não só ao império do norte como a qualquer nação que aspire a um desenvolvimento independente e soberano, como é o caso do Brasil.

Os recentes episódios, ainda não bem esclarecidos integralmente, do vazamento das informações diplomáticas norte-americanas através do Wikileaks demonstram que qualquer país pode sofrer um ataque generalizado pelo espaço virtual, que, diga-se de passagem, é dominado em grande parte pelos Estados Unidos.

Por outro lado, em contraste aos incríveis e galopantes saltos tecnológicos que vão produzindo rupturas, não vivemos uma época de igual florescimento civilizacional. Nesse caso o que há é uma profusão de informações, cultura e valores que variam do sofrível ao medíocre.

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