quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ênio Lins na Gazeta de Alagoas

Publicado na coluna de José Elias, na Gazeta de Alagoas, assinada inteirinamente por Ênio Lins:

Divulgada ontem, pesquisa assinada pelo instituto Sensus aponta empate técnico entre Serra e Dilma. 32,7% para ele e 32,4% para ela. Uma ducha de água fria para a oposição e um estimulante turbinado para a situação.
Pelos dados registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral, a pesquisa teria sido realizada através de duas mil entrevistas em 24 estados durante o período de 5 a 9 de abril. Relembrando a memória do eleitorado, esse deveria ter sido um tempo ótimo para Serra, que ocupava praticamente todo o noticiário nacional com sua renúncia ao governo paulista e os preparativos para o lançamento bombástico de sua candidatura (ato realizado no dia 10 de abril). Ou seja, o resultado é bem ruim para a oposição.
Ciro Gomes e Marina Silva patinam tal qual nas pesquisas anteriores, ele com 10,1%, ela com 8,1%. Solidifica-se a polarização (esperada) entre Serra e Dilma, o que reforça a tese da “eleição plebiscitária”.
Uma badalada pesquisa anterior, realizada pelo Vox Populi e divulgada em 4 de março indicava Serra com 34% contra 31% ostentados por Dilma. Resultado que já havia tirado o sono da oposição, embora animando os partidários de Aécio Neves. Naquela ocasião usou-se novamente a esfarrapada desculpa que o candidato tucano “não havia começado a campanha”. Hoje essa conversa não voga mais.
Resumo da ópera, hoje: 1) A candidatura favorita (Serra) não decola apesar dos seis anos de paciente campanha. 2) A candidatura azarã (Dilma), pega fôlego, mesmo sob intenso bombardeio da grande mídia. 3) As candidaturas periféricas estão longe de algum papel eleitoral relevante (a não ser se aliar a uma das duas protagonistas).
Alguma coisa estranha? Isso é apenas o começo de uma campanha que promete ser acirrada e distanciada dos oráculos do tipo “resultado antecipado”.

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